Mulher tenta matar a mãe por recusar vender a casa. Ficou em preventiva
- 02/12/2025
Uma mulher de 56 anos ficou sujeita à medida de coação de prisão preventiva após tentar matar a mãe, de 86 anos, em São Domingos de Rana, no concelho de Cascais. Segundo o Ministério Público (MP), mãe e filha têm uma "relação conturbada" porque a idosa recusa-se a vender a habitação onde residem.
Em comunicado, divulgado esta terça-feira, a Procuradoria da República da Comarca de Lisboa Oeste indicou que a arguida reside com a mãe, que padece de "asma brônquica grave", desde 2024, numa casa em São Domingos de Rana.
No entanto, a relação entre ambas deteriorou-se há mais de uma década, quando, em 2013, a "vítima recusou vender a habitação onde residem, conforme era vontade da arguida".
Desde então, a mulher "passou a iniciar discussões com frequência com a vítima, que se agravaram quando passou a residir na casa desta".
Em agosto de 2025, a arguida começou outra discussão e a vítima assegurou-lhe que não pretendia vender a casa. Em resposta, a mulher "colocou as mãos no pescoço e na face da ofendida, apertando com força, só tendo parado quando a vítima começou a gritar".
Já em outubro de 2025, também na casa onde vivem, a mulher foi até ao quarto da mãe e começou a falar com ela, mas "como a vítima não lhe respondeu", retirou um livro que a ofendida tinha nas mãos e agrediu-a com uma pancada na zona dos joelhos.
Mais recentemente, na passada quarta-feira, 26 de novembro, a vítima acionou, "por lapso", a proteção de teleassistência, fazendo com que agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) se deslocassem à residência.
No entanto, após a saída dos agentes, a mulher colocou "uma almofada sobre a cara" da mãe, que estava deitada na cama, "tapando-lhe as vias respiratórias" e "abanando-a, ao mesmo tempo que a ameaçava de morte".
A vítima conseguiu fugir no local e, no dia seguinte, a filha contactou a PSP de Cascais, confessando que tinha vontade de matar a mãe.
Após ser presente a primeiro interrogatório judicial, na passada sexta-feira, 28 de novembro, a arguida ficou sujeita às medidas de coação de prisão preventiva e proibição de contactos por qualquer meio com a vítima.
O inquérito corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal do Núcleo de Cascais.
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