Moscovo e Pequim condenam ressurgimento de "regimes criminosos"
- 02/12/2025
As declarações de Shoigu ocorreram após um encontro em Moscovo entre o secretário do Conselho de Segurança da Rússia e o ministro dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Wang Yi.
O encontro entre Shoigu e Wang Yi marcou a vigésima ronda de consultas russo-chinesas sobre estabilidade estratégica.
Shoigu disse, citado pela agência de notícias TASS, que a "a hidra do militarismo está a levantar novamente a cabeça".
O responsável russo acrescentou que, nesse sentido, Moscovo e Pequim acumularam experiência suficiente para travar ímpetos militaristas e que não vão permitir o ressurgimento do que classificou de "regimes criminosos na Europa e em Tóquio".
O antigo ministro da Defesa da Rússia disse ainda que Pequim considerou que as tentativas de falsificar a história são inaceitáveis.
"Isto é especialmente importante, dada a crescente vontade de vingança em alguns países europeus e no Japão por derrotas passadas", afirmou Shoigu.
Wang Yi salientou que a Rússia e a República Popular da China são dois países unidos contra qualquer tentativa que possa contrariar a verdade histórica.
Para o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês "é preciso estar vigilante" e rejeitar as tentativas no sentido do renascimento do militarismo e do fascismo no Japão.
Shoigu reafirmou o apoio que disse ser consistente e inabalável de Moscovo em relação a Pequim nas questões de Taiwan (República da China), e sobre as regiões de Xinjiang, Tibete e Hong Kong.
Para Moscovo, disse Shoigu, o governo da República Popular da China é o único poder legítimo e representa toda a China.
Serguei Shoigu salientou que a coordenação russo-chinesa na área da segurança estratégica desempenha um "papel estabilizador crucial" e que ajuda a moldar uma ordem mundial mais justa, impedindo posições privilegiadas de "certos países".
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