Moçambique prevê estagnação na pesca em 2026

  • 01/12/2025

De acordo com um relatório do Governo com as previsões para 2026 no setor, a pesca artesanal continuará a liderar, mas recuando 0,2%, para 512.964 toneladas, contra o crescimento de 7% esperado para 2025, para 514.204 toneladas, incluindo 9.636 toneladas de tubarão.

 

Para 2026, ainda na pesca artesanal, é esperado um aumento de 2% nas capturas de lagosta, para 799 toneladas, e de caranguejo, para 8.702 toneladas, além de 440 mil toneladas de peixe, neste caso capturado no mar e em água doce.

As capturas de tubarão na pesca artesanal deverão crescer também 2% em 2026, para 9.829 toneladas.

Na pesca industrial é esperado um crescimento de 15%, face a 2025, para 17.675 toneladas, incluindo 3.154 toneladas de camarão, um aumento de 8%, e 280 toneladas de lagosta, mais 5% no espaço de um ano.

Na pesca semi-industrial não são esperadas alterações, segundo o Governo, com a mesma meta de 8.250 toneladas, tal como em 2025, enquanto a produção de aquacultura deverá crescer 3%, para 10.644 toneladas.

A produção pesqueira em Moçambique já tinha crescido 3% em 2024, para 508.808 toneladas, mas falhou a meta, segundo dados da execução orçamental noticiados anteriormente pela Lusa.

De acordo com o relatório do Governo, com a execução orçamental de 2024, a meta para a pesca e aquacultura para todo o ano era de 522.671 toneladas, a qual foi concretizada em 97%, tendo ainda assim crescido face às 493.088 toneladas de 2023.

A pesca artesanal continua a representar o grosso do volume anual em Moçambique e envolvia quase 400 mil pessoas e mais de 42 mil embarcações, em águas interiores e marítimas, segundo o censo de 2022, divulgado no ano passado.

De acordo com os dados finais do Censo da Pesca Artesanal e Aquacultura (CEPAA 2022), o levantamento cobriu "todas as áreas territoriais das águas marítimas e do interior", com "exceção de algumas zonas da província de Cabo Delgado, por razões de insegurança", alargado ao subsetor da aquacultura pela primeira vez.

O levantamento, que envolveu o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas e o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca e Aquacultura, entre outros parceiros, cobriu 1.600 centros de pesca em todo o país, dos quais 889 nas águas interiores e 711 nas águas marítimas.

O censo permitiu identificar 397.688 pessoas envolvidas na pesca artesanal, incluindo 110.518 pescadores operando com embarcação, 164.439 pescadores exercendo sem embarcação e 122.731 profissionais em outras "atividades ao longo da cadeia de valor da pesca artesanal, com destaque, para carpinteiros e mecânicos navais, redeiros, processadores e comerciantes de pescado".

O levantamento refere igualmente que foram registadas 42.723 embarcações, das quais 1.986 motorizadas.

Relativamente à aquacultura, o censo de 2022 concluiu pelo registo de 21.751 operadores, dos quais 12.899 são proprietários de unidades aquícolas, entre singulares e associados, contando com 8.852 trabalhadores, dos quais 31,8% mulheres.

A atividade aquícola no país, de acordo com o tipo, "é maioritariamente de subsistência", equivalente a 42,9%, e artesanal, 46,79%, sendo o remanescente, "menos de 10,1%", enquadrado no semi-industrial, industrial, experimental, de investigação e treino e formação.

O CEPAA recenseou 11.413 unidades de produção de aquicultura, das quais 10.518 tanques.

Leia Também: Crédito à economia moçambicana próximo de novo máximo em setembro

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2897522/mocambique-preve-estagnacao-na-pesca-em-2026#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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