Ministra admite erros em testes após começo de novo curso de magistrados
- 02/12/2025
Todas as 181 vagas disponíveis para o 42.º concurso para o curso de formação para os tribunais judiciais e para o 12.º concurso para formação de juízes para os tribunais administrativos e fiscais foram ocupadas.
Embora estivesse agendado para outubro, o início deste curso acabou por acontecer apenas hoje, devido a um atraso relacionado com os testes psicológicos, uma vez que foi realizada uma segunda fase.
Este atraso foi reconhecido e sublinhado hoje pela ministra da Justiça, que admitiu que "este incidente teve impacto real na vida dos candidatos" e que deve ser "analisado com seriedade, transparência e espírito de melhoria contínua".
Rita Alarcão Júdice reconheceu também que é necessário perceber o que aconteceu, apurar responsabilidades e fazer as mudanças necessárias. "O objetivo é claro: evitar a repetição de situações semelhantes e reforçar a confiança dos candidatos", disse a responsável pela pasta da justiça.
À margem da cerimónia, em declarações aos jornalistas, Rita Alarcão Júdice considerou que a tutela "não se revê naquelas perguntas". "Não é o tipo de perguntas que eu acho que são adequadas fazer-se a um candidato a magistrado", acrescentou, sem especificar.
De acordo com os dados avançados pelo Ministério da Justiça, em comunicado, o 42.º Concurso de ingresso em Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais teve 150 candidatos admitidos e o 12.º Concurso de ingresso em Curso de Formação de Juízes para os Tribunais Administrativos e Fiscais teve 31 candidatos admitidos, num total de 181.
Também hoje, antes da cerimónia de início do novo curso do CEJ, a ministra da Justiça deu posse ao novo presidente do Centro de Estudos Judiciários, juiz desembargador Edgar Taborda Lopes, num momento que decorreu à porta fechada.
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