Jovens de 20 e 22 anos morreram em acidente trágico em Pedrógão Grande
- 01/12/2025
Iara Ribeiro, de 20 anos, e o namorado, de 22, são as vítimas mortais que estavam no interior da viatura que caiu na praia fluvial de Pedrógão Grande, Leiria, no passado sábado.
A jovem, natural do Porto, era estudante na Universidade da Maia, que já lamentou "profundamente a sua partida tão prematura e trágica".
"É com profunda tristeza que a Associação de Estudantes da Universidade da Maia comunica o falecimento da nossa aluna Iara Ribeiro, estudante da Licenciatura em Psicologia", lê-se numa nota publicada nas redes sociais da instituição de ensino. "Neste momento de dor, expressamos as nossas mais sinceras condolências à família, aos amigos e a todos os colegas que partilharam com ela o percurso académico e pessoal. Que encontrem força e conforto neste momento difícil."
Também a irmã de Iara deixou uma mensagem emotiva nas redes sociais: "Descansa em paz minha vida, és o meu orgulho. Amo-te muito", escreveu Sara Ribeiro.
De acordo com a Beira Baixa TV, o jovem casal estava a passar o fim de semana no centro do país. De acordo com informações preliminares, os jovens terão estacionado o carro numa rampa inclinada de acesso à barragem e, sem que nada o fizesse prever, o veículo ter-se-á destravado e acabou dentro de água. Nenhum dos dois conseguiu escapar com vida.
O alerta para o acidente foi dado cerca das 21h30 de sábado, com a indicação de que um veículo tinha caído naquela praia fluvial junto à barragem do Cabril.
Os corpos das vítimas foram resgatados da viatura submersa com o auxílio de uma equipa de mergulhadores e o óbito foi declarado às 23h53.
No local estiveram 16 operacionais, dos bombeiros de Pedrógão Grande, GNR, INEM, Proteção Civil e dos mergulhadores de Sernache do Bonjardim (distrito de Castelo Branco).
Governo fará "avaliação exaustiva" à segurança das barragens
O Ministério do Ambiente e Energia determinou, entretanto, a elaboração de "um relatório exaustivo sobre as condições de segurança" das barragens portuguesas, uma avaliação que vai ser liderada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
"A ministra do Ambiente e Energia determinou a elaboração de um relatório aprofundado sobre as condições em que se desenvolvem as atividades relacionadas com a segurança das barragens portuguesas, de modo a reforçar a fiscalização num setor essencial para o país", precisa a tutela, em comunicado.
Segundo o gabinete de Maria da Graça Carvalho, Portugal tem atualmente 263 grandes barragens abrangidas pelo Regulamento de Segurança de Barragens, a que se junta um número muito superior de infraestruturas menores, abrangidas pelo Regulamento de Pequenas Barragens, essenciais para múltiplos usos, em particular agrícolas.
O ministério justifica esta "avaliação técnica exaustiva e atualizada" com "a crescente complexidade legal, o envelhecimento das infraestruturas, a entrada de novos operadores e os efeitos das alterações climáticas".
A APA, enquanto autoridade nacional de segurança de barragens, fica responsável pela elaboração do relatório, em articulação com entidades do setor, entre as quais a Comissão Nacional de Segurança de Barragens.
"O Governo incumbiu a APA de elaborar esse relatório, onde seja atualizada e aprofundada a caracterização das barragens nacionais do ponto de vista da segurança, se inventarie e priorize necessidades de intervenção e financiamento e se avalie os meios disponíveis, e apresente propostas de melhoria operacional", salienta o ministério, acrescentando que os encargos vão ser suportados pelo Fundo Ambiental, gerido pela Agência para o Clima.
Citada no comunicado, Maria da Graça Carvalho sublinha que este relatório, a ser entregue no prazo de 12 meses, "permitirá identificar vulnerabilidades, priorizar intervenções e garantir que o país está preparado para responder aos desafios presentes e futuros".
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