James Cameron diz que Inteligência Artificial generativa é "horripilante"
- 02/12/2025
O realizador de filmes como Avatar e Aliens, James Cameron, afirmou em entrevista que a Inteligência Artificial generativa é “horripilante”, explicando ainda a diferença entre criar personagens com tecnologia de captura de movimentos ou Inteligência Artificial.
Durante uma conversa no CBS Sunday Morning a propósito da estreia de Avatar: Fire and Ash, Cameron afirmou que trabalhar com tecnologia de captura de movimentos é “o oposto” de recorrer a Inteligência Artificial generativa.
“Durante anos houve esta noção que, ‘Estão a fazer algo com computadores e estão a substituir os atores’”, explicou Cameron. “Na verdade, assim que vês com atenção e percebes o que estamos a fazer, é uma celebração do momento entre ator e realizador”.
“No outro extremo tens a Inteligência Artificial generativa, onde podem inventar uma personagem, podem inventar um ator e podem inventar uma interpretação do zero com uma descrição de texto”, apontou Cameron. “Não, isso é horripilante. É exatamente o que não estamos a fazer”.
James Cameron e a Netflix
Recordar que James Cameron também comentou recentemente a participação da Netflix nos Óscares, considerando durante uma entrevista no podcast The Town que os filmes do serviço de streaming não deviam ser elegíveis.
O tema foi abordado a propósito do alegado interesse da Netflix em adquirir a Warner Bros., com Cameron a dizer abertamente que espera que o comprador seja a Paramount e não a a empresa responsável pelo serviço de streaming.
”A Netflix seria um desastre”, afirmou Cameron, lembrando que um dos CEOs da Netflix, Ted Sarandos, desvalorizou as estreias de filmes nas salas de cinema. O realizador de ‘Avatar’ categorizou também como “podre” a estratégia da Netflix de lançar filmes no cinema pelo mínimo tempo possível de forma a que possam ser nomeados para os Óscares.
Serve recordar que, de acordo com as atuais regras dos Óscares, só podem ser nomeados os filmes que tenham estado em salas de cinema por um período de sete dias consecutivos com pelo menos três sessões por dia, com uma delas a decorrer durante o período entre as 18:00 e as 23:00.
“Um filme deve ser feito para o cinema e as Óscares não significam nada para mim se não for sobre cinema”, afirmou Cameron de acordo com o site AV Club, notando ainda que a Netflix só deveria poder competir se os filmes apontados às Óscares estivessem pelo menos em duas mil salas de cinema durante um período de um mês.
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