Empate técnico entre candidatos de Direita às presidenciais nas Honduras
- 02/12/2025
Asfura, ex-autarca da capital, Tegucigalpa, de 67 anos, lidera a corrida contra Nasralla, de 72 anos, por apenas 515 votos, após a contagem digital de 57% das urnas, anunciou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) hondurenho.
Na segunda-feira, Ana Paola Hall reconheceu, na rede social X, que esta estreita margem de vitória, considerando a margem de erro, constitui um "empate técnico".
A dirigente pediu paciência aos eleitores e acrescentou que a recontagem manual dos votos, que já está em curso, pode demorar vários dias.
"Os números falarão por si", disse Asfura, do conservador Partido Nacional, no comité de campanha.
Já Nasralla, do Partido Liberal, disse que, segundo projeções do movimento, lidera com cinco pontos percentuais de vantagem.
Ambos fizeram campanha focados no receio de que manter a esquerda da atual Presidente Xiomara Castro no poder levasse as Honduras a tornarem-se outra Venezuela, um país mergulhado numa profunda crise.
Muito atrás nos resultados parciais vinha a candidata presidencial de esquerda, Rixi Moncada, de 60 anos, apoiada pelo partido atualmente no poder nas Honduras.
No sábado, Rixi Moncada acusou a Administração dos Estados Unidos de "atos de ingerência" no processo das eleições.
"Não há qualquer dúvida que houve duas ações - a três dias das eleições -, que são totalmente intervencionistas", disse a candidata.
Moncada fez referência ao anúncio de Trump de que vai conceder um perdão ao ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernandez, alegando que, "segundo muitas pessoas" que respeita imenso, Hernandez foi "tratado de forma muito dura e injusta".
Hernandez foi condenado em 2024 a 45 anos de prisão por tráfico de droga e crimes relacionadas com armas.
Trump também manifestou apoio ao empresário Nasry Asfura.
Se Asfura perder a eleição de domingo, afirmou Trump, "os Estados Unidos não vão desperdiçar dinheiro, porque um líder errado só pode trazer resultados catastróficos para um país".
Cerca de 6,5 milhões de eleitores hondurenhos foram chamados às urnas no domingo para escolher entre a continuidade de um governo de esquerda e o regresso da direita, numa atmosfera de elevada tensão política e de violência.
Num país assolado pela pobreza, corrupção e violência, os eleitores das Honduras vão eleger o próximo Presidente, mas também os 128 membros do parlamento e centenas de presidentes de câmara, entre outros cargos, para os próximos quatro anos.
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