Consumo de eletricidade aumenta 2,9% e atinge máximo histórico até novembro
- 02/12/2025
No mês de novembro, o consumo de energia elétrica registou uma evolução homóloga de 6,6%, "influenciado pelo consumo muito baixo nesse período em 2024 devido às temperaturas então registadas", refere a gestora global do sistema elétrico em comunicado.
Com correção dos efeitos da temperatura e número de dias úteis, registou-se uma variação de 2,3% em novembro, "em linha com a tendência que se tem verificado".
Até final de novembro, as renováveis abasteceram 68% do consumo de energia elétrica, destacando-se a hidroelétrica com um índice de produtibilidade de 1,33 (média histórica de 1) a abastecer 26% do consumo.
A energia eólica abasteceu 25%, enquanto as centrais solares foram responsáveis por 12% do abastecimento, apesar do crescimento da produção de 28% em comparação com o ano anterior.
Já as centrais a biomassa abasteceram os restantes 5%, enquanto a produção a gás natural representou 15% do consumo e o saldo importador 17%.
Em novembro, segundo a REN, "as condições foram particularmente favoráveis para a produção hidroelétrica", com um índice de produtibilidade de 1,33 (média histórica de 1), enquanto a produção eólica se ficou por um índice de 1,03 e a fotovoltaica com 0,86.
Nesse mês, o conjunto da produção renovável abasteceu 66% do consumo e a produção não renovável 16%.
O saldo de trocas com o estrangeiro manteve a tendência importadora, representando os restantes 18% do consumo.
Relativamente ao mercado de gás natural, "manteve-se a tendência de recuperação que se tem verificado nos últimos meses", com um crescimento mensal homólogo de 11,3%, impulsionado pelo segmento de produção de energia elétrica, que registou evolução homóloga positiva de 38%.
No segmento convencional, que abrange os restantes clientes, registou-se também uma variação homóloga positiva de 1,6%.
Nos primeiros 11 meses do ano, o consumo de gás natural alcançou uma variação acumulada anual de 13%, resultado de um crescimento superior a 100% no segmento de produção de energia elétrica, enquanto no segmento convencional registou uma quebra de 6,9%.
A REN detalha que o aprovisionamento se manteve, em novembro, "quase integralmente" através do terminal de GNL de Sines, com 2,5% do gás proveniente da interligação com Espanha.
Já nos primeiros 11 meses do ano, 97% do gás natural chegou através do terminal de Sines, com as principais origens - Nigéria e EUA - a representarem respetivamente 51% e 41% do aprovisionamento do sistema nacional.
[Notícia atualizada às 12h52]
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