Benjamin Netanyahu reúne-se com enviada dos EUA para o Líbano
- 02/12/2025
Este encontro com Ortagus, enviada especial da Casa Branca para o Líbano e pessoa de máxima confiança do Presidente norte-americano, Donald Trump, para assuntos relacionados com o Médio Oriente, ocorre durante uma recente escalada de tensões entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah.
No encontro também esteve presente o embaixador dos Estados Unidos na Turquia, Tom Barrack.
Espera-se que Ortagus viaje para Beirute após a sua visita a Israel, informaram hoje meios de comunicação social israelitas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, anunciou na rede social X que também se reuniu com Ortagus, adiantando que tiveram uma "boa conversa sobre a situação no Líbano".
"Comentei que quem viola a soberania libanesa é o Hezbollah. O desarmamento do Hezbollah é crucial para o futuro do Líbano e a segurança de Israel. Os Estados Unidos (EUA) são o nosso maior aliado e continuaremos a nossa estreita cooperação", escreveu Saar.
A tensão no sul do Líbano intensificou-se nas últimas semanas, com as forças israelitas a atacarem alvos do Hezbollah, provocando inclusive a morte do seu chefe militar, Haitham Ali Tabatabai, há uma semana.
Ali Tabatabai foi morto em 27 de novembro na sequência de um bombardeamento israelita a um apartamento nos subúrbios ao sul de Beirute, conhecidos como Dahye.
Tratou-se do oficial de mais alta patente do Hezbollah a ser morto desde o início do cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, em vigor desde novembro de 2024.
No entanto, durante este ano, o exército israelita matou cerca de 370 membros do Hezbollah, informaram na semana passada à EFE as forças armadas de Israel, que se referem a eles como "terroristas", embora não costumem diferenciar os membros políticos dos milicianos do grupo xiita pró-iraniano.
O Hezbollah integra o chamado eixo da resistência apoiado por Teerão e envolveu-se em hostilidades militares com Israel, logo após o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, em apoio do aliado palestiniano Hamas.
Segundo a ONU, Israel matou 127 civis libaneses durante esta trégua.
Os bombardeamentos deste ano seguiram-se à guerra de quase 14 meses que deixou cerca de 4.000 mortos, 16.000 feridos e 1,2 milhões de deslocados no Líbano.
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL), que termina o seu mandato em 2026, depois de quase cinco décadas no terreno, registou cerca de 10 mil violações num ano de cessar-fogo.
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